Paramédicos são profissionais habilitados da carreira do socorro pré-hospitalar, cuja categoria profissional lhes permite a aplicação de técnicas médicas em ambiente extra-hospitalar.
A classe paramédica engloba socorristas, técnicos de emergência médica de diversos níveis.
Na língua portuguesa o paramédico é o profissional da área da saúde que auxilia os serviços médicos, mas que não pertence ao corpo médico, portanto o médico não é paramédico e conforme a língua portuguesa os enfermeiros, técnicos, fisioterapeutas, etc. são paramédicos.
Apesar desse entendimento da língua portuguesa, isso não descreve adequadamente o profissional paramédico ou Técnico em Emergências Médicas com atribuições de executar procedimentos de Suporte Avançado de Vida como: entubações, acessos venosos, administração de medicamentos e soluções de emergências, sob direção médica indireta ou à distância.
Formação
Nos países que existe este profissional dedicado ao atendimento pré-hospitalar, a pessoa que tem interesse em trabalhar nesta área, dispõe de cursos de formação e capacitação profissional em centros de ensino técnicos e acadêmicos públicos e privados para a formação do EMT (Emergency Medical Technician) nos níveis Básico e Paramédico, com cargas horárias que variam entre 600hs a 2000hs ou mais conforme o conteúdo e padrões estaduais destes países, sendo somente após a sua formação o direito a obter o seu registro profissional de Técnico em Emergências Médicas ou Paramédico para desempenhar as funções de atendimento pré-hospitalar nos serviços públicos ou privados de atendimento de emergências pré-hospitalares. Há também cursos de especializações e pós-graduações e cursos específicos de validade renovável como o PHTLS – Pré Hospital Trauma Life Support, ACLS – Advanced Cardiac Life Support, AHLS – Advanced Hazmat Life Support, entre outros, conforme as necessidades da área de atuação deste profissional.
Brasil
Atualmente no Brasil a ausência deste profissional vem sendo preenchida com outros profissionais da saúde e da segurança, porém estas formações todas não atendem a formação especifica do EMT-P - Emergency Medical Technician Paramedic, conforme o currículo original (National Standard Curriculum) do US DOT (United State Department Of Transportation). É importante considerar que isso não é uma critica aos profissionais no Brasil, somente o fato do nosso país ainda se encontrar na fase de aprendizado e ensaio de diversos modelos estrangeiros como da França, Espanha e USA, sendo utilizados simultaneamente sem considerar o sistema como um todo (pré e inter-hospitalar), nem a formação e capacitação destes profissionais habilitados, por exemplo, se um médico tiver a intenção de trabalhar em emergências pré-hospitalares nos EUA, ele deve fazer cursos específicos da área pré-hospitalar ou se formar paramédico (EMT-P), sendo a partir daí considerada a sua formação de paramédico para exercer tal função.
O curso de TEM não é um curso reconhecido como de formação profissional, não havendo o registro desse curso pelo MEC – Ministério da Educação e Cultura nem o reconhecimento deste profissional Pelo M.T.E.- Ministério do Trabalho e Emprego nem o registro dessa profissão com classificação pelo CBO – Código Brasileiro de Ocupações, podendo ser desenvolvido como curso livre de capacitação ou extensão por qualquer instituição de ensino formal com carga horária da conveniência desta instituição para qualquer pessoa, porém se alguma instituição de ensino no Brasil tiver o interesse de implantar estes programas com os conteúdos e cargas horárias originais, esta instituição deve procurar as referências internacionais para os padrões de treinamentos, os equipamentos, laboratórios e áreas de campos práticos necessários, assim como a capacitação e atualização dos professores para estes cursos.
Atualmente no Brasil não existe nenhum curso de formação profissional de TEM, pelo fato de não existir este profissional legalmente reconhecido e apesar de nosso país ter todas as características e demandas para estes profissionais, nós não temos bem definida de um modo geral a capacitação e regulamentação dos Técnicos de Emergências Médicas, ficando estes critérios à disposição de algumas corporações de bombeiros de alguns Estados.
Como legislação no Brasil, existe uma portaria do ministério da saúde que trata sobre padrões mínimos de treinamento de capacitação e não de formação, ainda não existe uma norma técnica para o currículo dos profissionais dedicados as emergências médicas. E na mesma portaria em seu texto, deixa claro que: “emergências médicas não é uma especialidade médica”, ficando estes programas de capacitação a critério e disponibilidade de recursos de cada serviço de atendimento as emergências e não dos profissionais individualmente, ainda no texto desta portaria existe a crítica a respeito dos cursos de instituições privadas, considerando somente os NEUs – Núcleos de Educação em Urgências, como centros de ensino exclusivos para essas capacitações, porém, estes não conseguem atender no mínimo a demanda dos profissionais do SAMU que trabalham atualmente, e mesmo que atendessem isso não descarta a liberdade de outras instituições de ensino formal, públicas e privadas de promoverem cursos de formação e capacitação em emergências médicas pré-hospitalares.